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Isso porque em pleno coração de São Paulo, o trânsito se formava diante dos traficantes, que ofereciam pinos de cocaína em promoção. E, para facilitar o comércio, a reportagem mostrou que quem não estava com dinheiro vivo tinha a possibilidade de pagar com cartão de débito no caixa de uma loja de conveniência de um posto próximo às redondezas.
Todos sabem que a droga é uma questão de saúde pública. Porém, a ação conjunta da prefeitura e do governo do Estado de São Paulo para que minicracolândias não ressurjam, pelo visto, não tem surtido muito efeito. Apenas forçou que o contigente de usuários de drogas migrasse para outras regiões da cidade.
No resto do Brasil, a situação não é das melhores. A cada dia, o consumo só aumenta, sem que haja nenhum empecilho. E as estatísticas comprovam isso. De acordo com Relatório Mundial sobre Drogas 2013 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), o consumo de cocaína dobrou no Brasil no prazo de seis anos, enquanto em outras partes do mundo o uso dessa substância está caindo.
Outra situação que assusta e gera dúvidas é o fato da comercialização de entorpecentes ser realizada bem aos olhos daqueles que deveriam coibir de toda a forma a sua circulação: a polícia. Próximo à feira livre do tráfico encontra-se a delegacia do 4º Distrito Policial, responsável pelas áreas do Distrito da Consolação.
O fato é muito estranho, pois se fosse numa viela da periferia, a desculpa de que encontrariam dificuldades em chegar ao local até convenceria, mas e no caso da região mais moderna da cidade, local que move a economia do Brasil?
Diante do exposto, uma coisa é certa e definitiva: consumir ou comercializar drogas no Brasil é crime e, o que os olhos não querem ver, uma hora vem à tona. Esperamos que nesse momento venham também medidas eficazes e que sejam capazes de diminuir o consumo, e consequentemente, recuperar as muitas vidas que estão entregues aos vícios.