Os autores do estudo, Louisa Degenhardt e Wayne Hall, desenvolveram o trabalho com base em drogas como maconha, cocaína, anfetaminas e heroína, alegando que substâncias como ecstasy, alucinógenas, inalantes, calmantes e anabolizantes esteroides não puderam ser estudadas, pois são poucas as pesquisas relacionadas aos efeitos desses químicos no corpo.
Existem quatro tipos de efeitos adversos à saúde produzidos pelas drogas ilícitas: overdoses; intoxicação aguda, que acaba envolvendo acidentes ou violência; criação de dependência física ou psicológica pelo corpo; e os que surgem pelo uso prolongado dessas substâncias.
“Cada droga traz problemas particulares. A maconha, além de causar dependência psicológica, pode desencadear danos de ordem psíquica, como esquizofrenia ou transtornos; a cocaína, além de poder causar overdose, quando usada de forma crônica oferece riscos cardiovasculares, respiratórios e até para o sistema digestivo. O crack causa isso tudo e ainda o ressecamento das mucosas, levando à perda de dentes. Todas as drogas estão relacionadas ao desenvolvimento de depressão e desinteresse em diversas áreas da vida”, explica o médico psiquiatra José Carlos da Fonseca, da Clínica de Reabilitação Renascer, de São Paulo.
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