RJ: Assassinos cercaram o carro de policial da UPP da Rocinha e o atingiram dez vezes


No mesmo dia em que o corpo do subtenente Marcílio de Melo Ferreira foi sepultado, mais um policial militar foi morto a tiros, ontem à tarde, em Queimados, na Baixada Fluminense, elevando para 33 o número de PMs assassinados no Estado do Rio de Janeiro em 2018. O soldado Lutércio Galiza de Souza Filho, de 32 anos, era lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, e foi atacado quando estava de folga, em seu carro, na Rua Mondaine, no bairro São Roque.
Segundo testemunhas, homens armados que estavam em um carro abordaram o veículo do policial e fizeram os disparos. No local, foram encontradas 14 cápsulas de balas de diversos calibres. Os tiros foram efetuados pela frente e pelo lado esquerdo do automóvel da vítima, e pelo menos 10 atingiram o soldado, principalmente na cabeça e no pescoço.
Segundo a Polícia Militar, Lutércio estava há três anos na corporação e era pai de uma menina. O corpo do soldado foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Nova Iguaçu. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) fez perícia no local do crime. Os investigadores tentam encontrar imagens de câmeras de segurança, testemunhas e pistas que levem aos matadores. À tarde, o Portal dos Procurados divulgou cartaz oferecendo recompensa de R$ 5 mil por informações que ajudem a identificar os autores do assassinato. O telefone para denúncias é o 2253-1177 e o anonimato é garantido.
'Queremos policiais vivos'
Pelas redes sociais, familiares e amigos do soldado demonstraram revolta com o crime. "Chega de enterro com honras militares, queremos nossos policiais vivos", desabafou um internauta. "Triste. Só posso pedir a Deus que conforte essas famílias e proteja os que estão na ativa", lamentou outra.

Despedida em Sulacap

Familiares e amigos se despediram ontem, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, do subtenente Marcílio de Melo Ferreira, de 54 anos, morto na segunda-feira. O policial, além de apaixonado pela PM, também era amante do motociclismo e, nas horas vagas, gostava de se reunir com amigos para curtir a estrada. Amigos Cavalo Alado Motoclube o homenagearam no sepultamento. Marcílio foi morto quando abastecia o carro em um posto, em Campinho, na Zona Norte. Marcílio foi atacado por três adolescentes, todos de 17 anos, que o desarmaram e o mataram com a arma dele.

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