CATEGORIA ENLUTADA: MAIS UM POLICIAL MILITAR É ASSASSINADO


É com profundo desgosto que mais uma vez choramos a morte de um irmão de farda. No último domingo, 28/02, o sargento da reserva Denilson José Gomes (4ª Cia) foi baleado por bandidos no município de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Horas após tirar satisfações com um grupo que havia entrado em um lote de sua propriedade, o militar foi surpreendido e baleado pelos delinqüentes. Levado ao Hospital Militar Santa Rita, o sargento não resistiu e veio a óbito.
Entristece-nos profundamente saber que, para os gestores da segurança pública, provavelmente Denilson se tornará apenas um número nas estatísticas, que ano após ano nos alerta para o cenário de desrespeito em que vivem os policiais militares. Estatísticas estas que, conforme apresentado no Fórum Brasileiro de Segurança Pública realizado em 2015, colocam o Brasil em primeiro lugar no ranking dos países com maiores taxas de homicídios contra policiais.
Insistimos na defesa de que para minorar este sistema perverso, seria necessária a implantação de um modelo de segurança pública onde todos os seus gestores trabalhassem em prol da sociedade. No modelo atual, o policial militar atua “na linha de frente” do combate à criminalidade, mas não recebe respaldo dos demais atores.
Com um Ministério Público incapaz de denunciar em tempo hábil; uma burocrata justiça criminal que, inspirada pelo Direito Penal Mínimo, prega um modelo de desencarceramento; e um sistema prisional ineficiente e incapaz de recuperar o preso, não nos cabe outro sentimento se não o de abandono.
É certo que a representatividade nos níveis estadual e federal exercida por parlamentares comprometidos com a nossa classe é capaz de nos trazer algum alento. Exemplo disto é o avanço trazido pela aprovação da Lei 13.142/15, que torna hediondos os crimes praticados contra agentes de segurança pública.
Mas diante de um cenário político desfavorável no estado de Minas Gerais, já afetados pelo parcelamento dos salários e ameaça das conquistas, bem como pelo clima de incerteza e instabilidade, o tombamento de um dos nossos deixa, mais uma vez, um imenso desconforto. Perguntamo-nos: quantos homens mais terão que deixar filhos órfãos e esposas viúvas, até que o nosso apelo seja ouvido?”
Subtenente Israel Antônio Sanches Ventura
Presidente da Aspra/PMBM

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