Veja: Rapper coloca-se no papel do policial em "O Outro Lado da Farda"

Diretamente do Ceará, Preto Zezé, que é presidente da CUFA veste a farda e se coloca no lugar do policial. 
“Essa musica, eu acho que vai ser a que vai tirar o rap do seu ambiente , ou seja tirar o debate do rap de dentro do rap e vai para a sociedade, de um tema tão complexo e presente, da desmilitarização da policia”, afirma Preto Zezé. - 

A letra de “O Outro Lado da Farda” esta gerando um debate nas ruas e dentro do movimento, pelo fato do rapper narrar a versão da policia. Preto Zezé esta sendo chamado para debater em vários lugares diferentes com pessoas da sociedade e policiais. “Eles não aguentam mais morrer e esse modelo militarizado só leva gente do nosso lado”, declara Zezé.

Não é de hoje que Zezé faz este tipo de atitude para formar policiais, ele já fez outros trabalhos como antes como a “Ronda Cultural”, que colocou pessoas que foram do crime e das ruas frente a frente com policiais.
Preto Zezé coloca o RAP como o único capaz de fazer a mediação estado e sociedade, policia e favela, se não for assim, segundo ele, do contrário continuará a guerra que não é nossa.


“Eu faço parte do rap que dialoga, que intervém, que fala direto com a sociedade, que transcende a critica e busca a concretização das ideias cantadas! Esse rap mudou a minha vida, esse rap é a essência e esta presente dentro da nossa diversidade, mudar a vida e comportamento das pessoas!”, finaliza Preto Zezé

"polícia não é gente/
Humanos sem direitos/
bode expiatório/
quem consola a família
de um PM no velório ?/
Fácil criticar,
fácil difamar/
difícil é se colocar
no meu lugar/
Guerrear dia e noite
nesse front suicida/
sem saber se retornará
para casa com vida/
Sou eu que limpo a sujeira
da sociedade/
deu merda me condenam
sem dó nem piedade
Pois pro estado
eu sou apenas um cão guarda /
essa é a vida
do outro lado da farda."   

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