A espera por respostas aumenta a dor da família de Uanderson , comandante da UPP Nova Brasília morto em 11 de setembro de 2014 durante tiroteio na comunidade. A Divisão de Homicídios anunciou nesta quinta-feira (10) que fará a reconstituição de seu caso no mesmo dia que os procedimentos de Elizabeth Alves e Eduardo de Jesus. Bianca da Silva, esposa de Uanderson, em entrevista ao G1, lamenta a violência na região.
“Somos vítimas da mesma violência daquele local. É mais uma filha, uma esposa, um marido que sofre. Mas confesso que não procurei mais saber desse tipo de coisa porque me faz muito mal, mesmo lidando diariamente com isso na profissão “, afirma ela, que trabalha na Coordenadoria de Polícia Pacificadora. Atualmente, Bianca tem a assistência da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio.
A Divisão de Homicídios, que estuda fazer as reconstituições na próxima sexta-feira (17), investiga se o tiro que matou o capitão foi dado por um soldado da própria unidade, considerada uma das mais "turbulentas", segundo a própria Polícia Militar. Dentro da Divisão de Homicídios, a hipótese é dada como sendo "quase 100% certa".
"Será um alívio para a família ter a confirmação do que de fato aconteceu, porque merecemos a verdade. Toda hora minha filha pergunta: 'quem fez isso com meu pai? Eu quero saber'. E aí? Se foi mesmo um policial, como explicar sem virar o mundo dela de cabeça para baixo, dizer que um policial matou o pai dela?", questiona ela, que relatou ainda que já foi ao local onde tudo aconteceu no dia seguinte ao enterro do marido e pai da filha Maria, de 8 anos. O trauma, segundo ela, ainda não passou.
Em janeiro, a revista Veja publicou que o tiro que matou Uanderson foi dado por um policial da própria UPP. A coordenadoria de Polícia Pacificadora, a Divisão de Homicídios e a própria viúva de Uanderson não confirmam oficialmente a informação.
FONTE G1
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