PM ajuda pai a fazer parto de filha em chão de garagem em Itaquaquecetuba

Oito dias após fazer o parto da própria filha na garagem de casa, em Itaquaquecetuba (SP), o almoxarife David Pereira de Castro viveu um novo momento emocionante. Ele e a esposa Silene Maria Oliveira de Castro se encontraram pela primeira vez com a policial militar Glaucia Marina Ramos Diringer, que deu as orientações para a realização do parto da pequena Laura Oliveira de Castro, por telefone, por meio do atendimento pelo 190. A Polícia Militar divulgou o áudio com a conversa entre a cabo e o pai um dia depois do parto (ouça ABAIXO).
O encontro aconteceu na noite desta terça-feira (31) na casa da família, na Vila Maragogipe. "Chegou o anjo da guarda da Laura e da nossa família", disse David ao receber a policial. Muito emocionados, o pai e a policial se abraçaram. "O parto só foi um sucesso porque o senhor, desde o começo foi extremamente calmo", destacou a cabo Marina, como é chamada na corporação.
Na casa, a policial pegou Laura no colo. Emocionada, falou sobre a sensação de encontrar pela primeira vez as pessoas que ajudou através do atendimento pelo 190. "Ela é linda. Esta é a primeira vez que eu conheço quem ajudei por telefone. É uma emoção muito grande porque nunca pensei que ajudaria a fazer um parto. Teve um momento em que eu fechei meus olhos e através da descrição do David, imaginei a cena, como forma de ajudá-los. Cheguei aqui e vi que o local é totalmente diferente do que imaginei, mas a calma do David foi essencial para que tudo desse certo", detalhou.
A mãe da pequena também falou sobre os momentos decisivos durante o nascimento. "Eu cheguei a desmaiar quando senti as dores da contração, mas como sabia que havia uma policial ao telefone passando instruções para o meu marido, consegui me concentrar. Eu queria ter um parto normal, mas acabei tendo um parto natural. A cabo Marina vai ser, para sempre, o anjo da guarda da Laura", disse Silene.
O casal começou a planejar o nascimento da caçula em maio do ano passado. "Eu fiz um plano de saúde já pensando em ter assistência para o pré-natal e parto. Planejamos tudo. Fomos até o hospital onde ela nasceria cinco vezes para ver a demora no trajeto. Nas últimas semanas andávamos com a minha mala e a dela prontas no carro. Um dia antes do nascimento, fui ao hospital e me liberaram porque eu não tinha dilatação. Além disso fomos muito discretos a gravidez inteira. Tenho apenas duas fotos de grávida publicadas em rede social. No fim, ela nasceu em casa e a história foi contada para muita gente", afirmou Silene.
O momento de maior emoção aconteceu na sala da família, quando pai, mãe e a policial ouviram, mais uma vez, a ligação feita por David ao 190 no dia do nascimento de Laura. "Eu chorei todas as vezes em que ouvi e vou continuar chorando a cada vez. Quando ela crescer, com certeza também vai se emocionar. O áudio vai ser reproduzido na festa de 1 ano dela e na festa de debutante também", contou o pai, orgulhoso

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