Rio - Patrícia Alves, de 23 anos, a mulher que ficou conhecida como "Maria UPP" por ter tido relações sexuais com policiais militares que estão sendo julgados e poderão ser expulsos da corporação, disse que não se arrepende de seu envolvimento com os PMs e afirmou que é uma grande injustiça o que está acontecendo. "Eu acho uma injustiça, eles (PMs) não estavam comigo no horário de serviço, eles estavam no horário de folga. Eu que pedi para que eles colocassem a farda, por conta de uma fantasia sexual minha, eu amo a Polícia Militar e foi um momento pessoal da vida deles", disse.
Em entrevista ao DIA , a morena acrescentou que a polícia está perdendo tempo com esse julgamento: "Ao invés de procurarem bandidos, eles ficam procurando policial inocente. Eles não são criminosos para serem expulsos".
A rotina de Patrícia não está muito diferente de antes. Questionada se ainda tem relações sexuais com os PMs que estão sendo julgados, ela diz que não, mas não descarta o envolvimento com outros policiais. "Eu tenho amizades com outros PMs. A gente vai à praia, ao cinema, ao shopping e também tem relações sexuais. Mas claro, tudo no horário de folga deles. Eles são pessoas como outra qualquer e no horário de folga fazem o que querem", enfatiza.
Policiais podem sem expulsos em até 30 dias
A Polícia Militar decidiu submeter quatro PMs a Conselho Disciplinar, que vai decidir, em até 30 dias, pela permanência ou não deles nos quadros da corporação. As medidas foram publicadas no Boletim Disciplinar Reservado (BDR) 19, de sexta-feira, onde estão as decisões dos encarregados pela averiguação de um sargento, flagrado praticando ato libidinoso na principal via de Nova Iguaçu, além do Inquérito Policial Militar (IPM) sobre os quatro que apareceram em vídeos e fotos se relacionando com a Maria UPP.
Diversas imagens das ‘festinhas eróticas’ entre os policiais e Patrícia foram analisadas no IPM. Nelas, um cabo e um soldado do Batalhão de Choque apareceriam fazendo sexo com a moça em um carro estacionado no pátio da unidade. Um dos policiais, inclusive, estaria usando camiseta com símbolo do batalhão. Em depoimento, o cabo afirmou que só vestiu a peça a pedido de Patrícia, que alegou ter ‘atração por PMs’.
No caso dos soldados da UPP Parque Proletário e do 12º BPM (Niterói), o encontro teria ocorrido numa casa na Gardênia Azul, em Jacarepaguá, que um deles confirmou ser um local ‘onde tinha costume de levar garotas’. O soldado da UPP ainda revelou em seu depoimento que colocou o colete ‘para satisfazer o fetiche da jovem’.
Ouvida no inquérito, Patrícia negou a maior parte das acusações feitas aos praças, mas disse que vinha se relacionando com policiais há dois anos e que já tinha ido ‘a todas as UPPs para isso’.
Em outra parte do BDR, consta a prisão de um sargento do 9º BPM (Rocha Miranda), que em fevereiro foi flagrado se masturbando atrás de árvore, na Via Light. Na sua conclusão, o encarregado afirma que os fatos ‘jogam por terra o esforço para resgatar a imagem institucional junto à sociedade’.
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