A Polícia Militar de Minas Gerais limitou a 1.854 lugares a capacidade do setor destinado à torcida do Atlético no Mineirão para a grande decisão da Copa do Brasil, na próxima quarta, contra o Cruzeiro.
Inicialmente, o Cruzeiro havia destinado 2.736 ingressos para os atleticanos, que ficariam no blocos 301, 302 e 303, no setor roxo. Porém, após vistoria no Mineirão, na manhã da última quarta-feira, a PM, considerando espaços de segurança, reduziu esse número para 1.854, fechando o bloco 301, assim como o 344, referente ao torcedor cruzeirense.
E esse número pode cair ainda mais. A Polícia Militar quer isolar dois blocos entre as torcidas. Como o Cruzeiro já vendeu bilhetes do bloco 344, existe a possibilidade de retirar mais um espaço do Atlético, diminuindo a capacidadepara apenas 923 torcedores.
A definição sairá nesta sexta-feira. O Cruzeiro se comprometeu a enviar um laudo para a Polícia Militar até às 11hcomprovando que já vendeu bilhetes do bloco 344 e apontando alternativas para solucionar o impasse. Caso seja a última solução, a PM fechará também o setor 302, deixando liberado para os atleticanos apenas o 303, que tem capacidade de 923 torcedores.
Diante dos incidentes do clássico do 2º turno do Campeonato Brasileiro, com troca de bombas entre as torcidas, a PM quer um isolamento maior entre atleticanos e cruzeirenses. "As imagens demonstraram para nós que um bloco somente é insuficiente para garantir a segurança dos torcedores dos dois times. Antes daquele evento, a Polícia Militar já tinha comunicado oficialmente em uma ata na Federação que gostaria dois blocos, mas infelizmente não aconteceu, houve venda antecipada, e aconteceram aqueles fatos desagradáveis. Agora, de uma maneira técnica, a Polícia Militar determinou que fossem destinados dois blocos para a divisão de torcidas", disse o coronel Ricardo Machado.
O Atlético já entrou com medida administrativa no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para garantir a carga de 10% da capacidade do Mineirão, prevista no Regulamento Geral das Competições da CBF.
A PM aguarda a decisão: “A Polícia Militar cumpre decisão judicial. A gente não discute. Se vier a determinação judicial, a Polícia Militar vai adequar seu planejamento para atender”, disse o coronel.
Além disso, o clube fez uma representação no Ministério Público de Minas Gerais (MP), que já abriu uma Ação Civil Pública, questionando o preço de R$ 1 mil dado aos ingressos destinados à torcida do Atlético.
Na Ação Civil Pública proposta, o MP pede que seja determinada, liminarmente, a comercialização dos ingressos do setor “Roxo” a preço não superior a R$ 500. A ação pede ainda que seja garantida a venda de meia entrada conforme o disposto no Estatuto do Idoso, Lei Federal n°10.741/03 e Lei Estadual n°11.052/93. Por fim, pede a condenação do réu ao pagamento de R$ 5 milhões a título de reparação à coletividade pelo dano moral coletivo. FONTE JORNAL SUPER ESPORTES
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