O ex-senador Clésio Andrade, suspeito de chefiar um esquema que teria desviado pelo menos R$ 20 milhões do Serviço Social do Transporte e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat), afirmou à Itatiaia, na tarde desta sexta-feira, que não sabe do que se trata o dinheiro.
“Eu tenho que tomar conhecimento dessas denúncias. Eu estou reassumindo hoje a presidência da Confederação – eu estava licenciado desde abril – e estou determinando duas medidas: a primeira é uma sindicância interna para apurar essas denúncias; e o segundo ponto é que estou afastando, até a apuração final, os diretores colocados pela imprensa como envolvidos”, declarou.
Questionado sobre o suposto desvio de dinheiro, Andrade respondeu: “Não sei do que se trata.”
Esquema
A Polícia Civil do Distrito Federal executou uma operação na manhã desta sexta-feira para desarticular esquema de desvio de recursos do Serviço Social do Transporte (Sest) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), em Brasília e em Minas Gerais. São cumpridos cinco mandados de prisão, em operação denominada de São Cristóvão. O prejuízo é superior a R$ 20 milhões, estima a polícia.
Clésio Andrade (PMDB-MG) está entre os suspeitos de envolvimento no esquema. Clésio já é réu no mensalão tucano.
As investigações concluíram que diretores da instituição receberam gratificações salariais milionárias entre 2011 e 2012. Para justificar os pagamentos à Controladoria-Geral da União (CGU), a entidade teria falsificado documentos.
Foto: Pedro França/Agência Senado
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