A selvageria que marcou o último clássico entre Cruzeiro e Atlético teve uma resposta do Ministério Público de Minas Gerais nesta segunda-feira. Em audiência realizada na Promotoria de Justiça da Capital ficou decidido que as organizadas Máfia Azul, Pavilhão Independente (do Cruzeiro) e Galoucura (do Atlético) estão banidas temporariamente dos estádios nacionais e dos seus arredores, num raio de cinco quilômetros, nos dias de jogos. A decisão vale por seis meses e se estende a cinco clássicos entre os clubes. O Termo de Ajustamento de Conduta, firmado em 2008, ganhou adequações para a inclusão dessa medida educativa.
O relatório encaminhado pela Polícia Militar depois da partida do dia
21 de setembro, no Mineirão, e o histórico de agressões das duas torcidas pesaram na decisão, segundo o Ministério Público. Os registros de violência e hostilidade recíproca entre as torcidas organizadas foram citados como responsáveis em agravar o clima de “guerra” entre os torcedores comuns.
As organizadas têm o prazo de 30 dias para se defender, e a pena
será revista após esse período. A medida educativa ainda restringe os torcedores vinculados às organizadas de usar qualquer vestimenta, faixa, bandeira ou boné alusivos à agremiação durante o período de banimento. A exposição dos nomes das organizadas não será permitida e nem a cessão de ingressos, conforme ocorre em alguns clubes do país.
Nos dias de clássico entre Atlético e Cruzeiro e em datas em que houver partida do clube rival das respectivas torcidas, as organizadas penalizadas estarão proibidas de utilizarem suas sedes, sob risco de multa de R$ 50 mil.
Fora do Mineirão
Bombas tipo “garrafão”, um soco inglês e rojões foram apreendidos pela PM com membros da Galoucura. Ainda houve briga generalizada entre integrantes da própria torcida e uso da manobra conhecida como “cavalo doido”, na qual a tentativa de tumultuar a entrada nas bilheterias é feita para forçar a passagem sem o ingresso.
A Máfia Azul também teve problemas no clássico com briga generalizada entre seus torcedores e a prisão de um integrante com quatro artefatos explosivos unidos por fita adesiva e pregos, com alto potencial ofensivo. O arremesso de um rojão em direção à Galoucura também consta na ata, mas há dúvida a qual torcida do Cruzeiro o infrator está vinculado.
Dentro do estádio
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