curiosos em locais de crimes

Não basta para a polícia simplesmente apontar alguém como autor de um crime.
 É preciso muito mais que isso.
 É imprescindível a apresentação de provas que demonstrem com clareza que fulano de tal, em determinado dia e hora, praticou algum dos crimes previstos pela legislação penal.
*foto meramente ilustrativa
 Para tanto, é de suma importância que o policial, ao atender determinada ocorrência e verifcar que existiu prática criminosa, esteja preparado para resguardar o local, preservando, assim, as evidências que facilitarão a elucidação do fato. 
O policial canadense Paul Kirk ,em 1953, escreveu que “onde quer que pise, tudo que toque, tudo que deixe, até mesmo inconscientemente, servirá como evidência silenciosa contra o criminoso. Não só suas impressões digitais ou pegadas, mas também seu cabelo, as fibras das roupas, o copo que ele quebra, a marca de ferramenta que ele deixa, a pintura que ele arranha, o sangue ou sêmen que ele deposita ou coleta - todos estes e outros são testemunhas ocultas contra ele. 
Esta é a evidência que não se esquece”. 
O escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), em 2010, ofertou orientações importantes à policiais: “Chegar despreparado ao local, especialmente sem os equipamentos adequados e especialização, pode resultar em oportunidades perdidas e comprometer todo o exame pericial. 
Uma abordagem descoordenada pode levar a mal-entendidos, à duplicação de esforços ou pressupostos errôneos de que alguém está cuidando de uma tarefa em particular.
 Sem claras atribuições de responsabilidades, importantes elementos do local de crime podem ser negligenciados, evidências podem passar despercebidas ou, pior, podem ser perdidas. Havendo muitas pessoas ou pessoal inapropriado envolvido, também se corre o risco de comprometer ou destruir relevantes evidências. 
O estabelecimento de uma comunicação antecipada no local e entre as equipes de local de crime e de laboratório, cria uma melhor compreensão dos possíveis exames a serem realizados nas evidências materiais, efetivando significativamente o resultado do caso”.
 Infelizmente, é comum vermos no Brasil a figura dos “curiosos” nos locais de crime. Geralmente, são policiais que nada têm a ver com a ocorrência, mas movidos pela curiosidade, desejam a todo custo ver o cadáver ou até mesmo tirar fotografia e postar nas redes sociais.

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