Estudante registrou agressão com celular durante aula de inglês da 7ª série.
Casos são comuns em escola estadual em Ribeirão Preto (SP), diz docente. Uma professora foi agredida ao tentar separar dois alunos durante uma briga dentro da sala de aula, na Escola Estadual Professor Walter Paiva, em Ribeirão Preto (SP). O caso ocorreu na última quinta-feira (31), durante uma aula de inglês para estudantes da 7ª série - entre 13 e 14 anos. A educadora registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil, mas os estudantes não sofreram nenhum tipo de advertência ou punição por parte da direção do colégio, segundo outro professor que não quis ser identificado.
A dirigente regional de ensino de Ribeirão Preto, Simone Maria Locca, justificou que nenhuma medida foi tomada porque o caso é recente, mas afirmou que a direção entrou em contato com os pais dos alunos, apesar de um deles ainda não ter sido encontrado. Uma reunião do conselho da escola - formado por professores, funcionários, alunos e a direção da unidade - foi marcada para esta terça-feira (5).
Um aluno que estava no local gravou a agressão com um celular e o vídeo foi enviado por um professor pelo VC no G1. As imagens mostram uma adolescente ofendendo e provocando um garoto, que está sentado na carteira. Em seguida, o jovem levanta e os dois começam a trocar socos e chutes. A professora grita e pede para que os dois parem, mas como não obtém sucesso, tenta separar a dupla e acaba sendo agredida com socos na cabeça. Os estudantes continuam brigando no chão da sala de aula, até que a docente retorna e consegue separá-los. Procurada pelo G1, a professora disse que não quer se manifestar sobre o caso. Entretanto, outro educador que trabalha na mesma instituição revelou que os casos de ameaças e agressões contra docentes são comuns na escola. “A gente está passando por um momento difícil de indisciplina, vários problemas internos e a única coisa que a gente pode fazer é registrar a ocorrência no prontuário do aluno. Não existe punição”, reclamou.
O professor revelou ainda que uma supervisora da Diretoria Regional de Ensino de Ribeirão Preto estava dentro do colégio no dia da agressão, mas não tomou nenhuma atitude em relação ao caso. “A única coisa que ela fez foi reunir e conversar com os professores, porque ninguém queria mais descer para as salas de aula, ou seja, estamos sem respaldo nenhum.” Agressões constantes
O professor contou que também foi agredido por um aluno de 12 anos, ao tentar separar uma briga entre estudantes durante a aula de educação física. O caso aconteceu no dia 13 de maio e também foi registrado na Polícia Civil. Ele relembra que levou o garoto até a sala da direção do colégio, mas chegando no local, o adolescente jogou uma cadeira de madeira contra ele.
“Fiquei machucado na cabeça e com um dos dedos feridos. Quando o professor tenta interferir, quase sempre acaba agredido. Se ele usa de uma força maior, desproporcional, como dizem, aí é ele quem acaba punido, inclusive com processo administrativo. Não sabemos mais a quem recorrer”, afirmou o educador, destacando que também são recorrentes os atos de vandalismo e consumo de drogas dentro do colégio estadual.
"Os professores e inspetores estão de mãos atadas e os bons alunos vivem acuados, com medo, sofrendo nas mãos de uma minoria que não quer estudar e não respeita o direito daqueles que querem. Essas são as condições que nos deparamos todos os dias", desabafou.
Casos são comuns em escola estadual em Ribeirão Preto (SP), diz docente. Uma professora foi agredida ao tentar separar dois alunos durante uma briga dentro da sala de aula, na Escola Estadual Professor Walter Paiva, em Ribeirão Preto (SP). O caso ocorreu na última quinta-feira (31), durante uma aula de inglês para estudantes da 7ª série - entre 13 e 14 anos. A educadora registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil, mas os estudantes não sofreram nenhum tipo de advertência ou punição por parte da direção do colégio, segundo outro professor que não quis ser identificado.
A dirigente regional de ensino de Ribeirão Preto, Simone Maria Locca, justificou que nenhuma medida foi tomada porque o caso é recente, mas afirmou que a direção entrou em contato com os pais dos alunos, apesar de um deles ainda não ter sido encontrado. Uma reunião do conselho da escola - formado por professores, funcionários, alunos e a direção da unidade - foi marcada para esta terça-feira (5).
Um aluno que estava no local gravou a agressão com um celular e o vídeo foi enviado por um professor pelo VC no G1. As imagens mostram uma adolescente ofendendo e provocando um garoto, que está sentado na carteira. Em seguida, o jovem levanta e os dois começam a trocar socos e chutes. A professora grita e pede para que os dois parem, mas como não obtém sucesso, tenta separar a dupla e acaba sendo agredida com socos na cabeça. Os estudantes continuam brigando no chão da sala de aula, até que a docente retorna e consegue separá-los. Procurada pelo G1, a professora disse que não quer se manifestar sobre o caso. Entretanto, outro educador que trabalha na mesma instituição revelou que os casos de ameaças e agressões contra docentes são comuns na escola. “A gente está passando por um momento difícil de indisciplina, vários problemas internos e a única coisa que a gente pode fazer é registrar a ocorrência no prontuário do aluno. Não existe punição”, reclamou.
O professor revelou ainda que uma supervisora da Diretoria Regional de Ensino de Ribeirão Preto estava dentro do colégio no dia da agressão, mas não tomou nenhuma atitude em relação ao caso. “A única coisa que ela fez foi reunir e conversar com os professores, porque ninguém queria mais descer para as salas de aula, ou seja, estamos sem respaldo nenhum.” Agressões constantes
O professor contou que também foi agredido por um aluno de 12 anos, ao tentar separar uma briga entre estudantes durante a aula de educação física. O caso aconteceu no dia 13 de maio e também foi registrado na Polícia Civil. Ele relembra que levou o garoto até a sala da direção do colégio, mas chegando no local, o adolescente jogou uma cadeira de madeira contra ele.
“Fiquei machucado na cabeça e com um dos dedos feridos. Quando o professor tenta interferir, quase sempre acaba agredido. Se ele usa de uma força maior, desproporcional, como dizem, aí é ele quem acaba punido, inclusive com processo administrativo. Não sabemos mais a quem recorrer”, afirmou o educador, destacando que também são recorrentes os atos de vandalismo e consumo de drogas dentro do colégio estadual.
"Os professores e inspetores estão de mãos atadas e os bons alunos vivem acuados, com medo, sofrendo nas mãos de uma minoria que não quer estudar e não respeita o direito daqueles que querem. Essas são as condições que nos deparamos todos os dias", desabafou.
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