Polícia Federal ameaça deportar estrangeiros que invadiram Maracanã

A Polícia Federal comunicou que os estrangeiros que invadiram o Maracanã nesta quarta-feira, antes da vitória do Chile por 2 a 0 sobre a Espanha, têm 72 horas para deixar o país. Caso a ordem não seja cumprida, eles serão deportados. A primeira informação passada pela Polícia Militar é que eram 85 pessoas detidas, porém o número mais recente confirmado pela entidade é de 88 (apenas uma mulher entre elas).
"Em relação aos torcedores estrangeiros que invadiram o Centro de Mídia no Maracanã nesta quarta-feira (18/06), a Policia Federal informa que notificará os 85 indivíduos a deixar o país em um prazo máximo de 72 horas.  A ação encontra respaldo no Estatuto do Estrangeiro. Caso não cumpram a notificação, os torcedores estrangeiros estarão sujeitos à deportação sumária pela Polícia Federal", diz a nota.

Representantes do consulado do Chile e do Itamaraty estão na Cidade da Polícia, local na Zona Norte do Rio de Janeiro para onde os detidos foram levados. O incidente aconteceu por volta das 15h (de Brasília). Um grupo de mais de 100 torcedores - a maioria com a camisa do Chile - invadiu o centro de imprensa do Maracanã, causou confusão e destruição no local de trabalho de jornalistas estrangeiros e brasileiros. Duas paredes foram derrubadas, a porta principal foi destruída, houve muita correria, gritos, e em pouco tempo o grupo foi controlado pelos "stewards" (seguranças particulares), que em um primeiro momento corriam e gritavam "fechem os portões!".

Em um comunicado, a Fifa afirmou que nenhum torcedor conseguiu chegar às arquibancadas sem ingresso. Porém, logo após a confusão no centro de imprensa, um grupo chegou à beira do gramado pelo túnel de acesso e conseguiu invadir a arquibancada pela escada que liga o campo aos assentos e o setor ficou repleto de pessoas sentadas nos degraus. A entidade dará uma entrevista coletiva na manhã de quinta, no Maracanã, para dar mais esclarecimentos sobre as medidas de segurança nos estádios.
Um contingente de seguranças no centro de imprensa dominou a maior parte do grupo, que foi colocado sentado no chão e pouco depois conduzido por policiais do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) - o grupo que foi pego ainda do lado de fora foi levado ao Juizado Especial do Torcedor e o restante deve ser encaminhado para uma delegacia próxima, informação ainda não confirmada oficialmente.
 fonte GLOBO ESPORTE