Nova tecnologia para reprimir manifestações já é comercializada e preocupa especialistas



Um drone (pequena aeronave não tripulada controlada remotamente) foi projetado pela empresa sul africana Desert Wolf, para reprimir  e conter manifestações sem a necessidade da ação física de agentes de segurança, resguardando assim a saúde e vida dos policiais, que não precisarão ir até o local, sendo apenas necessário a manipulação do drone remotamente, que é equipado com quatro dispositivos do tipo usado em armas de paintball, cada um com capacidade para disparar até 20 balas por segundo. O drone pode carregar até 4 mil balas e tem alto-falante para transmitir mensagens de advertência aos manifestantes e a multidão. A munição é composta de balas contendo spray de pimenta ou tinta (paintball) ou ainda balas de festim (plástico).

O dispositivo já está sendo comercializado e uma empresa mineradora da África foi a primeira a comprar os drones. Cerca de 25 unidades foram vendidas para a mineradora.

A utilização do tal drone para reprimir manifestações é alvo de duras críticas, como é o caso do presidente do grupo ativista Comitê Internacional para Controle de Armas Robóticas, Noel Sharkey, que disse ser uma grande brecha para o cometimento de abusos, o uso deste dispositivo na contenção de manifestações. “Disparar balas de festim de drones pode causar sérias lesões e até eventualmente matar. Usar spray de pimenta contra manifestantes é uma forma de abuso de autoridade e não deveria ser permitido”, acrescentou Sharkey.

“Precisamos urgentemente de uma investigação da comunidade internacional antes que esses drones sejam usados amplamente”, conclui Noel Sharkey. (Com informações de Epoch Times)

Postar um comentário

0 Comentários