Pai chega de surpresa na sala, arranca os fones de ouvido das orelhas do filho e diz:
“Descobri estas coisas no seu armário.
O que você tem a me dizer?”
O rapaz, de 20 anos, não dá muita importância: “São apenas algumas máscaras e dois tacos de beisebol.
Qual o problema?”
A resposta do genitor surpreendeu: “Não falei a palavra problema, muito pelo contrário, quero apenas que você me empreste esses apetrechos”.
O garoto arregalou os olhos e disse: “Pra que quer isso pai?”
A explicação foi bem razoável: “Andei lendo o que você escreve nas redes sociais...
” O rapaz interrompeu imediatamente: “Quer dizer que andou fuçando em meu Facebook?”
“Mas qual é o problema filho?
Não é público?” O filho tentou se defender:
“Tenho certeza que você não gostou do que eu publiquei, mas não quero discutir minhas ideias, pois você não iria entender.
Sou anarquista e revolucionário!” O pai surpreende novamente: “Vim aqui para te cumprimentar; você me convenceu.
Quero ser anarquista também, cansei de seguir o sistema, chega de repressão”.
O garoto pede ponderação: “Mas o senhor não pode fazer isso, é diretor de uma grande empresa”.
“Não sou mais, ontem, no final do expediente, pedi demissão, me sinto muito melhor. Quero participar das manifestações, ajudar na desordem e no vandalismo. Estou organizando uma turma de desocupados para acampar em frente da empresa; pretendemos fazer o maior tumulto. Por isso preciso que me empreste seus utensílios e me ajude nessa manifestação, pois você tem mais experiência”.
O rapaz, de cabeça baixa, murmura: “Pai, não pode fazer isso, você tem família para manter”. O homem eleva a voz: “É melhor você vir comigo. Já me desfiz do apartamento, quero viver em acampamento e lutar contra o fim do capitalismo selvagem”.
O filho, percebendo a seriedade do depoimento do genitor, insiste: “Você está louco, não pode abandonar tudo assim!”.
O pai foi ríspido: “Você me incentivou a fazer tudo isso, ou vem comigo ou toca sua vida da maneira que escolher”.
Após ouvir a porta se fechar, o jovem gritou desesperadamente: “Pai, aonde vou morar? E minha mesada ? E meu computador ? Volta aqui, pai!”.
Amigo leitor, é muito fácil ser “maluco beleza”, promover desordem, quebra quebra, ferir policiais e até matar pessoas inocentes, quando se tem familiares garantindo a retaguarda...
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