Copa do Mundo permitirá aumento da integração na segurança pública, diz Cardozo


Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, concede entrevista sobre segurança na Copa. Foto: José Cruz/ABrNa primeira de uma série de reuniões sobre segurança pública e defesa na Copa, os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o ministro da Defesa, Celso Amorim, destacaram a integração das forças de segurança para a evento que começa no dia 12 de junho.
O ministro da Justiça garantiu que mais de 100 mil homens estarão atuando na segurança pública. Além disso, como parte da colaboração com outras nações, sete policiais de cada país que participa do torneio acompanharão a respectiva delegação. Cardozo afirmou que o governo federal gastou cerca de R$ 1,9 bilhão na segurança da Copa; R$ 1,2 bilhão do Ministério da Justiça e R$ 700 milhões do Ministério da Defesa.
“Os maiores investimentos do Ministério da Justiça foram nos Centros de Comando e Controle em cada sede da Copa. Eles contam com a mais moderna tecnologia e permitem acompanhamento integral da atuação da forças. Os estádios também contam com centros móveis”, explicou o ministro.
Além disso, investimentos em inteligência policial, plataformas de observação elevada e equipamentos antibomba fazem parte da preparação das forças policiais. Cardozo ressaltou que a preparação trará benefícios para o período pós-Copa.
“Um dos principais legados será a melhoria substantiva da segurança pública. Pela primeira vez há uma coordenação ampla. Houve um grande investimento, uma excelente planificação e uma magnífica integração entre as polícias. O Brasil sai diferente na segurança pública e rompe uma cultura de não-colaboração.”
O ministro da Defesa, Celso Amorim, detalhou o efetivo das Forças Armadas que estará mobilizado para a Copa. De acordo com Amorim, 57 mil militares estarão fazendo parte da estratégia da defesa para a Copa. O ministro afirmou que a preparação foi iniciada desde que o Brasil foi escolhido como sede. Além disso, mencionou a Operação Ágata 8 e também a apreensão massiva de explosivos nesse processo preparativo para a Copa.
“O Brasil está perfeitamente preparado para proteger os seus cidadãos e os estrangeiros que virão ao evento. Um dos fatos mais importantes é a total integração das forças ligadas à segurança. É um conceito-chave. As tropas foram treinadas e equipadas para o ambiente específico da Copa. Quero destacar que tanto forças de contingência quanto forças de estruturas estratégicas usarão prioritariamente armamento não-letal.”
Ambos enfatizaram que o Brasil tem experiência em segurança de grandes eventos, como ocorreu na Rio +20, na Jornada Mundial da Juventude e a Copa das Confederações. Para Cardozo, eventuais greves e manifestações serão tratadas com respeito.
“Policiais foram treinados e 13 mil servidores foram capacitados para enfrentar essas situações. As polícias militares criaram protocolos de ações que garantem a eficácia, sem abuso. Estamos muito mais preparados para garantir a liberdade de manifestação. Se existirem, são legítimas desde que se não atinja os direitos de outros”, disse Cardozo.

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