Para conter onda de violência em São Paulo, governos federal e estadual criam agência de atuação integrada



Depois de 92 policiais mortos e parentes de militares serem vítimas de crimes com características de atentados – além de seguidos dias com toques de recolher na periferia da capital paulista e aulas suspensas em várias escolas –, os governos federal e estadual firmaram parceira para combater o crime organizado no Estado de São Paulo.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, acertaram na última terça-feira a criação de agência integrada de inteligência, em reunião realizada na sede do governo estadual. O acordo acabou com a troca de farpas entre os responsáveis pela segurança pública da União e de São Paulo e também sinalizou que o governo estadual assumiu o perigo que representa a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), até então tratada com descrédito pelo poder público.

“Foi uma reunião proveitosa, bastante objetiva e com metas e datas para podermos avançar nesse trabalho”, disse o Geraldo Alckmin, após o acordo que determinou, além da criação da agência de atuação integrada, outras cinco medidas para tentar conter a onda de violência no Estado de São Paulo: fiscalização reforçada em aeroportos, portos e rodovias; combate ao crack; transferência para presídios federais de presos responsáveis por assassinatos de policiais e de agentes penitenciários; criação de um centro de controle de comando integrado e a criação e fortalecimento de um centro pericial, integrando as polícias científicas.

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