Nasci para ser Soldado de Cristo

Estou hoje com trinta e sete anos de idade, sou a segunda filha de uma família de quatro irmãos.
 Minha infância não foi fácil, pois minha mão demonstrava uma preferência pelo meu irmão que era o primogênito, esta situação despertou em mim uma revolta.
 Passei a sentir ódio de minha mãe. Quando completei quatorze anos, perdi meu avô materno. 
Este fato agravou o mal relacionamento que eu tinha com minha mãe. 
Era o ano de 1986, e minha mãe juntamente com meu tio planejaram uma viagem ao interior de São Paulo, afim de irem visitar o túmulo de meu avô. Na última hora eu não fui.
 Na volta minha mãe chorava e dizia que queria estar com meu avô, e houve um acidente no qual a vitima fatal foi ela, com apenas trinta e cinco anos de idade. Com minha irmã caçula de apenas um ano de vida, me senti responsável em cuidar da casa, nesta ocasião meu irmão começou a beber e usar drogas dentro de casa. Eu e meu pai nos dávamos muito bem, porém após a morte de minha mãe, comecei a sofrer de um grande peso de angústia e remorso que ficaram em minha vida durante vinte e um anos. Meu pai passou a ter problemas psiquiátricos, esteve internado por nove vezes tentando até o suicídio. Comecei a beber e a fumar aos dezesseis anos, não demorou muito estava viciada no álcool, e bebia quase todos os dias. Minha avó materna, Dona Maria, sempre dizia que Deus tinha uma grande obra em minha vida e que Jesus Cristo me amava, e iria orar por mim e não desistiria, pois Deus havia dito a ela que iria me salvar, porém eu ignorava e ainda zombava dela por ser crente. O tempo passou, todos os meus irmãos casaram, também me casei e meu irmão faleceu aos trinta e cinco anos com "cirrose". Já no ano de mil novecentos e noventa e sete, coloquei em minha mente que seria policial. Minha avó por sua vez, me disse que era essa a vontade de Deus, pois havia sido revelado por Deus que eu iria entrar na corporação. No ano de dois mil, fui para a Escola de Soldados em Pirituba. Na ocasião eu estava com vinte e seis anos, era uma pessoa impulsiva, muito amarga e não temia nada e nem ninguém. Depois que me formei, comecei a fazer bico, e por conta disso fique ainda mais estressada e achava que com a bebida poderia tirar o me estresse. Eu estava bebendo demais, todos os tipos de bebidas, das mais fracas as mais fortes. Estava bebendo escondido no bico, quando saía do quartel corria direto aos bares, e em casa também bebia muito, as vezes a noite inteira, sendo que por duas ocasiões cheguei a colocar um revolver em minha boca e cabeça, porque ouvia uma voz que dizia: - "Se mata! Você é uma infeliz mesmo e ninguém te ama." Então quando acordava, via o revolver ao meu lado e eu chorava muito, pois não entendia e tão pouco acreditava que poderia tirar minha própria vida. Posteriormente, procurei uma psicóloga, fiz terapia particular, mas não tive muita melhora. Continuei bebendo todos os dias escondido, ninguém sabia até mesmo meu esposo porque ele trabalhava a noite e eu durante o dia. Dia dez de julho de dois mil e sete, por volta das 9:30 horas, estava trabalhando quando senti falta de ar, meu braço esquerdo formigava muito e pontadas na região de minhas costas, pedi socorro para a Sd Alessandra, onde fui socorrida no Hospital Bom Clima de Guarulhos, meu coração batia rápido demais a ponto de meus ombros balançarem, já no hospital me conduziram em uma sala, quando avistei um relógio na parede, sendo 9:57 hs, fechei os olhos com muita falta de ar, pude ver uma forte luz e uma voz que parecia como trovão e me disse: - "Não temas, hoje falo contigo. Verás o que é sofrer pelo meu nome.". Em seguida vi um caixão e eu dentro, então comecei a gritar. Via minha família passar pelo meio do caixão, e um homem e uma mulher vestidos de branco me examinando e dando choques em meu peito. E o homem dizia a mulher: - "Ela morreu", eu já não respirava mais. Eu gritei: - Meu Deus! Eu não quero morrer! E outra vez aquela voz me disse: - "Daqui a três dias voltarei a falar contigo.". Então senti um sopro em minhas narinas, abri meus olhos e pude contemplar a Sd Alesandra me oferecendo água. Olhei para o lado, quando notei que um médico e uma enfermeira vinham em minha direção, sei que tive muito medo, pois eles eram o casa da visão que tive a poucos instantes. Estava desesperada e chorava muito, verificaram minha pressão arterial que era de seis por cinco, baixíssima e também me submeteram a um exame eletrocardiograma onde constatou arritmia cardíaca. Fiquei no hospital até as 18:00 horas realizando exames e o diagnóstico foi de um infarto, foi o que o médico relatou atestando sete dias de repouso absoluto e mais exames complementares. Estava muito confusa, achando até que havia sonhado ou morrido, mas pude perceber que eu estava diferente. Cheguei em casa e ajoelhei-me na sala e neste momento vi uma garrafa de uísque e passei muito mal a ponto de vomitar. Sem entender fiquei por três dias sem dormir direito e sem me alimentar direito, o meu coração sempre estava fervendo e no dia 13 de julho de 2007, às 21:00 hs, uma mulher ligou em minha casa dizendo que Deus havia fechado minha sepultura e que eu pregaria o evangelho de Cristo nos quatro cantos desta terra, e foi para isso que Jesus Cristo me libertou e salvou. Não conhecia essa mulher e nem ela a mim, apenas me disse que o Senhor que havia mandado ligar em meu telefone. Após esse telefonema fui a uma igreja evangélica onde entreguei minha via a Jesus Cristo e hoje posso dizer que só conhecia Deus de ouvir dizer, mas hoje os meus olhos espirituais vêem o Senhor. Meus familiares, amigos e policiais achavam e até hoje alguns acreditam que uma pessoa que era alcoólatra, agressiva, que falava palavra de baixo calão, sem piedade alguma poderia mudar tão radicalmente, mas posso afirmar: "Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará." (Salmos 37:05). Recordei-me do dia primeiro de abril de dois mil, quando um policial militar da Escola de Soldados em Pirituba me abordou e deu-me um presente, uma Bíblia Sagrada com o logotipo da Polícia Militar e me disse: - "Quando você abrir este livro, você estará de joelhos e chorando muito irmã, então irá ver a grande obra que Deus tem em sua vida". Recordo-me que ignorei e até zombei daquele irmão. Por se tratar do resumo do meu testemunho, não está contido aqui, as várias vezes que o Senhor Jesus me deu livramentos como por exemplo, de acidentes e tiros. Agradeço a Deus por poder pregar seu maravilhoso evangelho, que liberta, cura, salva, nos garantindo vida eterna.
 Sd PM Eunice 

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