*Equipe médica do BOPE conta com 26 profissionais
Médicos vestidos de preto, só no Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais da PM). Apesar da presença de médicos na tropa de elite para atender feridos em combate há três décadas, neste ano o batalhão inovou e – além do atendimento emergencial na rua –, criou uma equipe de saúde completa, com 26 integrantes, para prevenir doenças, lesões físicas, psicológicas e até problemas dentais.
Contando com médicos, enfermeiro, socorristas, dentistas, psicólogos e nutricionistas, o grupo já promoveu uma bateria de exames clínicos e laboratoriais de saúde com os policiais da unidade: sangue, eletrocardiograma, pressão, raio-X de tórax, urina e fezes, entre outros. Todos foram vacinados para febre amarela, gripe, hepatite e tríplice.
*Cap Porto coordena a equipe médica do BOPE
Sendo o Bope um “laboratório de testes” da PM, como define o chefe do Estado-Maior Operacional, coronel Alberto Pinheiro Neto, o sucesso do modelo pode ser repetido no resto da corporação, a começar por unidades especiais, como o Batalhão de Choque, por exemplo.
“Este programa no Bope é um embrião (para a PM). Sendo uma unidade relativamente pequena, ficou mais fácil aplicar os exames e iniciar essa medicina interna preventiva”, afirmou ao o Capitão Médico Edgard Porto.
Os dados obtidos, a partir de janeiro, permitiram à equipe avaliar os profissionais com sobrepeso ou lesões ortopédicas e tratá-los separadamente, com uma abordagem holística.
A equipe identificou que cerca de 20% dos “caveiras”, ou 80 PMs, tinham “parâmetros alterados” nos exames – obesidade, pressão alta, alteração cardíaca –, que poderiam levar a problemas de saúde futuros.
Com a nova abordagem preventiva, esses PMs de “maior risco” passaram por avaliação cardiológica e acompanhamento nutricional individualizado. Segundo os médicos, ao menos dez do grupo já lhes mostraram os novos exames, melhores.
GRUPAMENTO DE SOCORRO EM COMBATE
Além da medicina preventiva, uma área grande do grupo é composta pelos paramédicos da unidade, 17 PMs sob o comando do tenente Gustavo Lopes. Eles dão apoio a operações regulares, a instruções do batalhão e a ocorrências com reféns, quando há chance de múltiplos feridos.
“Já entrou até vagabundo (sic) na ambulância do Bope para ser atendido, como cidadão, como aconteceu em Padre Miguel (após ser baleado, um assaltante tomou um refém, dia 22)”, disse Lopes.
Como a ambulância – também preta – não é blindada, fica nos arredores da operação e vai entrando à medida que a força progride.
Como a ambulância – também preta – não é blindada, fica nos arredores da operação e vai entrando à medida que a força progride.
"Os médicos não trocam tiros, mas vão de fuzil e colete."
Em breve, todos os policiais terão um kit de primeiros-socorros, no padrão de infantaria americana. Na prática, os “caveiras” já fazem o primeiro atendimento.
A equipe de paramédicos acompanha os desgastantes treinamentos, como o COEsp (Curso de Operações Especiais e o CAT (Curso de Ações Táticas), onde já houve dois casos de morte.
Só nas ocorrências com reféns os médicos e paramédicos trocam a farda preta pelo branco tradicional, por uma questão tática. “A presença de um médico pode servir como consolo psicológico para o criminoso. Em Padre Miguel, o cara disse: ‘Se vier a ambulância eu me entrego’. E fez assim”, contou Lopes.
A equipe de paramédicos acompanha os desgastantes treinamentos, como o COEsp (Curso de Operações Especiais e o CAT (Curso de Ações Táticas), onde já houve dois casos de morte.
Só nas ocorrências com reféns os médicos e paramédicos trocam a farda preta pelo branco tradicional, por uma questão tática. “A presença de um médico pode servir como consolo psicológico para o criminoso. Em Padre Miguel, o cara disse: ‘Se vier a ambulância eu me entrego’. E fez assim”, contou Lopes.
Fonte: http://migre.me/ac3Tc
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