A PM e as Quadras do Vilarinho, em conjunto com o Conselho de Segurança Pública da região de Venda Nova e a comunidade, escolheram as 30 melhores letras e depois as 12 finalistas. Segundo um dos coordenadores do projeto, Tenente Sassada, “foram constatadas mudanças e aceitação pacífica entre policial, funkeiro e população da região Norte de Belo Horizonte. A mudança na cultura e divulgação da cultura de paz foi reforçada a cada baile que ocorria na quadra, o que contribui para que aos poucos a imagem dos funkeiros fossem sendo mudadas perante a sociedade”.
Ainda segundo o oficial, houve redução significativa no crimes registrados nos horários de saídas e entradas dos bailes. O vencedor, MC Pardal, recebeu a premiação das mãos do comandante do 49º BPM, Tenente-Coronel Filgueiras, que adiantou que a próxima edição do concurso já esta sendo preparada com o tema: “Sem Droga, sem Violência.”
O PROJETO
O Funk, Polícia e a Arte da Paz visa unir visa unir jovens, MCs, DJs e policiais militares em prol da paz nas comunidades. A quadra da Vilarinho é um antigo centro de lazer em Venda Nova, que recebe nos bailes de fim de semana aproximadamente 5 mil pessoas. Antes da chegada do projeto, registrava-se no local diversos tipos de problemas, incluindo tráfico de drogas e prostituição.
Para inibir os delitos, o 49º Batalhão lançava no local policiamento a pé, viaturas de área, Tático Móvel, motocicletas e Base Comunitária Móvel, o que culminou, nos últimos anos, com uma relação conflituosa entre freqüentadores da quadra e a Polícia Militar.
Foi daí que o comando da Unidade decidiu que, para resolver o problema, precisava contar com a participação da comunidade, principalmente do proprietário do estabelecimento e de seus clientes, jovens de comunidades carentes da região, que buscam uma alternativa de diversão com baixo custo. Para entrar na quadra, o preço é sempre promocional para homens e mulheres não pagam ingresso.
O primeiro desafio, foi unir jovens e PM em prol de um objetivo único, que seria um ambiente seguro e agradável para todos. Para estreitar o relacionamento com os jovens, a Corporação contou com ajuda dos MCs e DJs, que são ídolos, com poder de influenciar no comportamento dos frequentadores da quadra.
A partir daí, por meio dos contados com esses profissionais, eles se comprometeram a participar do projeto. O primeiro passo seria compor músicas contendo letras que induzissem à paz, à amizade e à confraternização, quebrando preconceitos e paradigmas. A PM sugeriu que fosse criado um concurso no qual os MCs, DJs e outros jovens componham letras que mostrem algo desconhecido pelos jovens sobre a polícia e revelem o mesmo dos jovens aos policiais.
Fonte: www.pmmg.mg.gov.br
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