Onze dias após ter assumido uma vaga na Câmara Federal, o cabo da Polícia Militar, deputado Juliano Rabelo (sem partido), já articula sua aposentadoria. A medida será tomada para atender a Legislação Eleitoral, que estabelece que todo militar que tenha assumido cargo eletivo seja enviado à reserva.
Rabelo permanece na Câmara até 8 de abril, quando o titular da cadeira, Valtenir Pereira (PSB), retoma o posto. Assim que se ausentar das atividades parlamentares, o deputado receberá subsídio equivalente ao salário de cabo reservista, que hoje é de aproximadamente R$ 2.700. Na ativa, um cabo recebe em torno de R$ 3.800.
Juliano Rabelo afirma que os planos de aposentadoria foram apenas antecipados, já que pretendia dar entrada no pedido ainda este ano. Ele possui 25 anos de serviço na corporação, o que lhe garante o direito ao benefício.
Na Câmara, o parlamentar tem voltado sua atuação para garantir melhores condições de trabalho aos policiais militares. Em Mato Grosso, um profissional da área recebe cerca de R$ 1.800 por mês.
“Como pode um policial que deixa sua família para arriscar a própria vida e defender a sociedade recebe tão pouco? Não há condições para que ele desempenhe uma boa função”, ressaltou.
Para mudar essa realidade, Rabelo defende a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300, que estabelece piso salarial nacional de R$ 3.500 para os policiais militares, civis e bombeiros e da PEC 308, que visa a inclusão do sistema prisional brasileiro no Artigo 144 da Constituição Federal, reconhecendo-o como Instituição inerente à Segurança Pública e dá poder de polícia aos agentes prisionais.
A PEC 102 é outra bandeira levantada pelo deputado. A proposta estabelece a existência de uma única polícia única no território brasileiro. Rabelo reivindica ainda melhores condições de trabalho aos profissionais do Grupo Especial de Fronteira (Gefron). fonte diário de Cuiabá
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