O famoso golpe do “boa noite Cinderela” pode estar com seus dias contados. Um grupo de pesquisadores da Universidade de Tel-Aviv, em Israel, apostam na descoberta de um meio de identificar as substâncias que compõem esta droga que, até então, não deixava pistas por não possuírem cor, gosto e de difícil detecção no sangue da vítima horas depois de ingerida.
O boa noite Cinderela possui em sua composição drogas como o GHB, aKetamina e o Flunitrazepam, cada uma delas com ações distintas no organismo. Também conhecido como Liquid Ecstasy, o GHB – ou ácido gama-hidroxibutírico - afeta o sistema nervoso, produzindo desorientação, relaxamento muscular e perda de controle. Já a Ketaminaou Cetamina tem efeito anestésico, o que provoca perda sensorial, amnésia e paralisia do movimento. Por fim, o Flunitrazepam, popularmente conhecido como Rohypnol induz o sono de forma rápida e intensa, tendo também efeito ansiolítico (redução da ansiedade), anticonvulsivo e relaxante muscular. Ainda são efeitos de sua ingestão a redução do desempenho psicomotor, com diminuição dos reflexos e da atenção, e ocorrência de amnésia.
Com esta combinação, a droga ganhou facilmente a preferência dos criminosos, que buscam suas vítimas – na grande maioria mulheres – em bares, boates e danceterias e num momento de distração da vítima, despejam a droga nos copos “esquecidos”. Sem perceber a vítima consome a bebida e em poucos minutos “está pronta” para os criminosos fazerem o que bem entender com sua presa. Estas ações vão desde furtos e roubos até estupro.
Crédito da imagem: Monitor das Fraudes
Este feito só foi possível porque o sensor capta alterações apuradas nas propriedades ópticas das bebidas. Logo, quando o raio de luz atinge a bebida, a mudança de sinal ocorre e o sensor dispara o alerta, podendo ser um barulho ou luz.
O feito tecnológico que promete revolucionar o combate a este tipo de crime já foi patenteada pela empresa da Universidade, a Ramot at Tel-Aviv University Ltd. e ainda não foi liberado para uso comercial. Os pesquisadores trabalham continuamente para diminuir o tamanho do dispositivo, transformando-o até mesmo em um canudo, o que facilitaria seu uso. Acredita-se que dentro de alguns anos seja disponibilizado para comercialização e que o sensor responsável pelo reconhecimento da droga seja aproveitado para identificar até 3 bebidas “batizadas”, até que seja feita a troca, com um custo estimado em menos de US$ 1.00. Estuda-se ainda a possibilidade de tornar o sensor apto ao reconhecimento de outras substâncias.
É a tecnologia a serviço do combate à criminalidade!
Um grande abraço e até a próxima!
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