O soldado Jason Ferreira Paschoalino, acusado de envolvimento nas mortes de dois moradores do aglomerado da Serra, no último dia 19, confessou ter sido ele o autor dos disparos à queima-roupa contra as vítimas. Preso há 19 dias, o soldado fez as revelações a psiquiatras e assistentes sociais da Polícia Militar que o visitam diariamente no Batalhão de Vespasiano, na região metropolitana, onde ele está detido.Na versão que deu sobre o crime, à qual a reportagem do Super Notícia obteve acesso com exclusividade, o policial do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) revelou uma personalidade que impressionou a equipe médica pela frieza. Disse que não se arrepende de ter matado os dois e chegou a zombar das vítimas. Aos médicos e assistentes sociais, Jason assumiu sozinho a autoria dos disparos que mataram os moradores e disse que Jeferson Coelho da Silva, de 17 anos, foi executado porque tentou proteger o tio Renilson Veriano da Silva, de 39, que, na versão do soldado, havia sido procurado pelos militares da Rotam para entregar o dinheiro de uma propina, pois teria ligação com o tráfico de drogas no morro. Na versão oficial da PM e de testemunhas, no entanto, nenhum dos dois tinha passagem pela polícia. "A frieza dele nos deixou chocados. Ele disse que não se arrepende", revelou uma fonte da Polícia Militar.
No dia 23 de fevereiro, quando foi preso, o soldado chegou a sorrir para os fotógrafos e cinegrafistas que o esperavam na porta do Instituto Médico Legal (IML), onde ele fez o exame de corpo de delito. Situação que, segundo a equipe que o atende, vem se repetindo dia após dia na carceragem.
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