Depois de quase dois anos de investigação, a Corregedoria da Polícia Civil indiciou três policiais e um ex-integrante do extinto Grupo de Respostas Especiais (GRE) por cárcere privado, sequestro e peculato (uso da função pública para benefício próprio). O subinspetor Gilson Costa e os investigadores Anderson Marques e Wanderlim de Souza, além do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, fariam parte de um grupo de extermínio que operaria dentro da divisão considerada a tropa de elite da corporação.
Eles são acusados de sequestrar Paulo César Ferreira e Marildo Dias, desaparecidos desde 6 de maio de 2008. Apesar dos indícios e dos relatos de três testemunhas de que os dois rapazes foram mortos, esquartejados e queimados, a polícia não indiciou os quatro por homicídio. Segundo o inquérito, não há provas suficientes que configurem extermínios.
A polícia começou a apurar o envolvimento dos suspeitos depois que, em 2009, as famílias das vítimas denunciaram o desaparecimento delas. Os parentes procuraram a Delegacia de Pessoas Desaparecidas e a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa.
Naquele mesmo ano, a comissão concluiu que Gilson, Anderson, Wanderlim e Bola integravam um grupo de extermínio. Os dois jovens não teriam sido escolhidos pelos matadores por acaso. Segundo o deputado estadual Durval Ângelo (PT), presidente da comissão, em 2007 e 2008, ocorreu uma série de roubos de cargas na região de Sete Lagoas. Paulo César e Marildo seriam suspeitos. "A milícia do GRE estaria recebendo dinheiro de empresários para pegar os ladrões.
Foi assim que eles chegaram aos dois jovens", disse o deputado. A Polícia Civil não quis comentar o caso porque, segundo informou a assessoria de imprensa, "não é institucionalmente interessante".
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que avalia se vai oferecer ou não denúncia contra os suspeitos.
SelvageriaO depoimento de uma testemunha revelou a crueldade do grupo. Gilson teria contado a outros policiais, com deboche, trechos do crime. "Quase desfalecidos, Gilson teria acabado com suas vidas utilizando um torniquete. Em seguida, usou um facão para esquartejar os corpos. Os pedaços teriam sido queimados em pneus. Parte das nádegas de um dos mortos foi colocada dentro de um saco, na viatura".
No trabalho
Dos quatro indiciados, apenas o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, está preso, acusado da morte de Eliza Samudio, ex-namorada do ex-goleiro Bruno. O sub-inspetor Gilson Costa e os investigadores Wanderlin de Souza e Anderson Marques estão trabalhando na Polícia Civil. Segundo a assessoria da corporação, a legislação só permite que sejam afastados quando for concluído um processo administrativo (TT/DC)
Eles são acusados de sequestrar Paulo César Ferreira e Marildo Dias, desaparecidos desde 6 de maio de 2008. Apesar dos indícios e dos relatos de três testemunhas de que os dois rapazes foram mortos, esquartejados e queimados, a polícia não indiciou os quatro por homicídio. Segundo o inquérito, não há provas suficientes que configurem extermínios.
A polícia começou a apurar o envolvimento dos suspeitos depois que, em 2009, as famílias das vítimas denunciaram o desaparecimento delas. Os parentes procuraram a Delegacia de Pessoas Desaparecidas e a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa.
Naquele mesmo ano, a comissão concluiu que Gilson, Anderson, Wanderlim e Bola integravam um grupo de extermínio. Os dois jovens não teriam sido escolhidos pelos matadores por acaso. Segundo o deputado estadual Durval Ângelo (PT), presidente da comissão, em 2007 e 2008, ocorreu uma série de roubos de cargas na região de Sete Lagoas. Paulo César e Marildo seriam suspeitos. "A milícia do GRE estaria recebendo dinheiro de empresários para pegar os ladrões.
Foi assim que eles chegaram aos dois jovens", disse o deputado. A Polícia Civil não quis comentar o caso porque, segundo informou a assessoria de imprensa, "não é institucionalmente interessante".
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que avalia se vai oferecer ou não denúncia contra os suspeitos.
SelvageriaO depoimento de uma testemunha revelou a crueldade do grupo. Gilson teria contado a outros policiais, com deboche, trechos do crime. "Quase desfalecidos, Gilson teria acabado com suas vidas utilizando um torniquete. Em seguida, usou um facão para esquartejar os corpos. Os pedaços teriam sido queimados em pneus. Parte das nádegas de um dos mortos foi colocada dentro de um saco, na viatura".
No trabalho
Dos quatro indiciados, apenas o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, está preso, acusado da morte de Eliza Samudio, ex-namorada do ex-goleiro Bruno. O sub-inspetor Gilson Costa e os investigadores Wanderlin de Souza e Anderson Marques estão trabalhando na Polícia Civil. Segundo a assessoria da corporação, a legislação só permite que sejam afastados quando for concluído um processo administrativo (TT/DC)
Dois pesos, duas medidas
Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, o subinspetor Gilson Costa e os agentes Anderson Marques e Wanderlim de Souza deveriam ter sido indiciados, também, pelo duplo assassinato das vítimas Paulo César Ferreira e Marildo Dias, de acordo com o deputado estadual Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. "Aplica-se a mesma regra usada no caso do ex-goleiro Bruno, em que o corpo não foi encontrado, mas já temos várias pessoas envolvidas pronunciadas para ir a júri. Não há corpos, mas há provas testemunhais consistentes para o indiciamento dos suspeitos. Parece que são dois pesos e duas medidas em casos parecidos. Talvez a corregedoria tenha tido uma visão corporativa e conservadora", disse.
No caso Bruno, segundo o relatório da Polícia Civil encaminhado ao Ministério Público, o ex-goleiro, Bola, Sérgio Sales e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, foram indiciados com base em relatos testemunhais, dentre os quais tem maior peso o depoimento de um menor, primo de Bruno, que descreveu detalhes do sequestro, cárcere e morte de Eliza Samudio.
Mesmo o corpo dela não tendo sido encontrado, a polícia sustentou o indiciamento com o argumento da materialidade indireta, construída com as provas testemunhais.
"O próprio delegado Edson Moreira, na época em que falou sobre a ligação de Bola com a morte de Eliza Samudio, disse em alto e bom tom que Bola, também conhecido na polícia como Paulista, era especialista em matar", acrescentou o deputado.
Durval Ângelo afirma que, assim como no caso Bruno, existem três testemunhas, assistidas há três anos por um programa de proteção, que viram os suspeitos entrando com os dois jovens na chamada "Casa de Matar", em Esmeraldas. Desde então, os rapazes não foram mais vistos.
O deputado acrescentou que sua comissão vai solicitar ao Ministério Público que denuncie os quatro suspeitos pelo duplo assassinato. (SC/DC). fonte jornal super
No caso Bruno, segundo o relatório da Polícia Civil encaminhado ao Ministério Público, o ex-goleiro, Bola, Sérgio Sales e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, foram indiciados com base em relatos testemunhais, dentre os quais tem maior peso o depoimento de um menor, primo de Bruno, que descreveu detalhes do sequestro, cárcere e morte de Eliza Samudio.
Mesmo o corpo dela não tendo sido encontrado, a polícia sustentou o indiciamento com o argumento da materialidade indireta, construída com as provas testemunhais.
"O próprio delegado Edson Moreira, na época em que falou sobre a ligação de Bola com a morte de Eliza Samudio, disse em alto e bom tom que Bola, também conhecido na polícia como Paulista, era especialista em matar", acrescentou o deputado.
Durval Ângelo afirma que, assim como no caso Bruno, existem três testemunhas, assistidas há três anos por um programa de proteção, que viram os suspeitos entrando com os dois jovens na chamada "Casa de Matar", em Esmeraldas. Desde então, os rapazes não foram mais vistos.
O deputado acrescentou que sua comissão vai solicitar ao Ministério Público que denuncie os quatro suspeitos pelo duplo assassinato. (SC/DC). fonte jornal super
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