A vitimização de policiais e agentes de segurança foi abordada pelos expositores Luiz Gonzaga Ribeiro, subtenente da PM e presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais, e Jorge Sarsur Neto, diretor-geral do Hospital da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais.
O subtenente Luiz Gonzaga destacou que o número de policiais militares assassinados no Estado entre 1970 e 2006 foi de 523. De acordo com o subtenente, as mortes acontecem porque o policial é visto pelos criminosos como alguém que ameaça sua atividade econômica. Além dos servidores da segurança pública, as famílias também são afetadas pela violência. Embora não tenha apresentado dados, Luiz Gonzaga disse que diminuiu o número de mortes de policiais militares nos últimos anos e apontou as medidas para garantir a proteção de ameaçados de morte e o treinamento dos efetivos como razões para a redução.O diretor-geral do Hospital da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, Jorge Sarsur Neto, tratou da vitimização secundária, ou seja, problemas enfrentados pelo servidor da segurança pública, causados pelo desempenho da função, como doenças do trabalho. Conforme Sarsur, não há dados relacionados a esse tipo de vitimização porque muitos não procuram o serviço de saúde para se tratarem. “Não se pode mais esconder, negligenciar e deixar em segundo plano a assistência à saúde desses servidores”, defende. O médico propõe quatro ações para diminuir problemas como stress, ansiedade, depressão e hipertensão entre os profissionais da segurança pública: a implantação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional; o acesso à assistência à saúde em todo o Estado; a criação de um programa de prevenção de doenças que inclua os familiares dos servidores; e a realização de um programa de atividade física, esporte e lazer. Academia da PM – Comandante da Academia de Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, o coronel PM Fábio Manhães Xavier descreveu as modificações que a PMMG está promovendo em seus procedimentos e doutrina, a fim de incorporar e reforçar princípios de direitos humanos. Um exemplo é a mudança na declaração de missão da PM, assim como do juramento prestado pelos policiais, que hoje incluem um compromisso com a garantia dos direitos fundamentais e a dignidade da pessoa.
Xavier também ressaltou a implementação de programas como o “Educadores para a Paz”, por meio do qual policiais visitam entidades promotoras de direitos humanos, a fim de desenvolver projetos comuns. Ele afirmou ainda que os direitos humanos são encarados na PM como uma garantia para o próprio policial, que não pode ser fragilizado por essa política. A deputada Maria Tereza Lara elogiou os avanços da Polícia Militar na discussão dos direitos humanos.
Fonte: Assessoria de Comunicação – www.almg.gov.br
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