A delegada Olívia Melo foi uma das cinco expositoras do segundo painel de debates realizado na manhã desta quinta, sobre o tema "Direitos Fundamentais, Grupos Vulneráveis e Violências". Os dados revelados pela delegada também reforçam a preocupação com as drogas no Estado. Segundo Olívia Melo, 22,5% dos atos infracionais registrados pela Polícia Civil em 2009 referem-se ao uso de drogas, e 22% ao tráfico. São os dois tipos de infrações mais frequentes.
Olívia Melo descreveu ainda a estrutura da Polícia Civil para proteção às mulheres, idosos, crianças e adolescentes. Minas Gerais implantou, em junho de 2009, o primeiro plantão 24 horas para atendimento à mulher agredida. Em dezembro, está prevista a conclusão de um novo centro para essa função. De janeiro a julho de 2010, segundo Olívia, foram 2.307 inquéritos concluídos pela Deam. Outro destaque, em Minas, é o Centro de Atendimento Integrado ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA), que centralizou e agilizou a apuração de ocorrências envolvendo menores, assim como a aplicação de medidas socioeducativas.
Violência doméstica - O secretário Especial de Direitos Humanos e presidente da Comissão municipal de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, José Gregori, que foi ministro da Justiça de 2000 a 2002, defendeu a valorização dos direitos humanos no espaço doméstico. "Ponto fundamental hoje é a família, não importando a configuração que tenha. É preciso partir desse núcleo inicial", afirmou.
Segundo ele, em São Paulo estão sendo feitas experiências com a criação de unidades de conscientização domésticas, atuando ainda na mediação de conflitos. Na avaliação de Gregori, a luta pelos direitos humanos trouxe grandes avanços para a sociedade no mundo inteiro. No entanto, ele enfatizou que não é possível olhar apenas para os ganhos alcançados: "O Brasil é um País violento. Canudos diz isso; os jornais mostram isso diariamente", concluiu.
0 Comentários
Deixe aqui sua opinião acerca da publicação acima.