Uma pesquisa apurou que Belo Horizonte é a segunda capital do País com o maior número de casos de bullying nas escolas. Bullying é uma palavra da língua inglesa que abrange diversas práticas de constranger, oprimir ou agredir colegas, por parte de um valentão ou uma gangue. A pesquisa pegou de surpresa os dirigentes da Secretaria de Estado de Educação, que tinham conhecimento do problema, mas ignoravam suas dimensões.
Para discutir esse assunto e encaminhar soluções, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizou uma audiência pública na tarde desta terça-feira (22/6/10), com dezenas de estudantes na plateia, a requerimento do deputado Vanderlei Miranda (PMDB). Miranda leu uma definição de bullying que procura englobar todos os tipos de prática contrária ao relacionamento pacífico e harmonioso nas escolas: agredir, ofender, injuriar, debochar, humilhar, colocar apelidos, zoar, ignorar, excluir, chutar, empurrar, roubar ou quebrar pertences, etc.
Segundo o deputado, uma pesquisa realizada na Inglaterra revelou que 37% dos alunos admitiam ter sofrido bullying pelo menos uma vez por semana. No Rio de Janeiro, esse número subiria para 40%, mas inclui sofrer, assistir sem intervir ou praticar. Em todos os lugares, as maiores vítimas são os meninos, mas há muitos relatos de meninas sendo perseguidas ou maltratadas por colegas, por serem gordas ou por usarem roupas ou calçados baratos.
O presidente da comissão, deputado Durval Ângelo, informou que a Justiça condenou um aluno a pagar R$ 8 mil de indenização a outro, e que os tribunais de Justiça do Rio Grande do Sul e do Distrito Federal implantaram sistemas de justiça restaurativa. O primeiro condenou a família de um aluno a pagar indenização, e o outro condenou a própria escola, que deveria dar garantia de integridade ao aluno agredido.
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