De acordo com os registros, o três pracinhas integravam uma patrulha, quando se viram frente a frente com uma companhia alemã composta de 100 homens. Era 14 de abril de 1945. Eles receberam ordens para se render, mas continuaram em combate até serem metralhados – o detalhe é que, em vez da vala comum, mereceram até honras especiais do Exército alemão. Admirado com a coragem e resistência do trio, o comandante nazista mandou enterra-los e colocar, sobre a cova, uma cruz e placa com a inscrição: Drei Brasilianische Helden ou “três heróis brasileiros”. Terminada a guerra, seus restos mortais foram traslados para o Cemitério de Pistola, na Itália, e depois para o Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro (RJ). Mereceram até as condecorações Medalha de Campanha (participação na guerra), de Sangue do Brasil (quando há ferimento)] e Cruz de Combate (feitos de destaque).
No coração dos familiares e amigos ainda está a marca do dia da convocação dos jovens para a guerra e, depois, no caso dos três mineiros, do trágico comunicado sobre a morte. “Foi horrível e doloroso para todos nós. No mês seguinte, à partida de Geraldo Baeta, minha mãe sofreu um derrame cerebral e morreu. Uma vizinha ouviu no rádio que o navio em que ele estava fora a pique. Só que a mulher confundira tudo, era mentira, o meu irmão prosseguia viagem”, conta Natanaela Baeta Morais, de 84 anos, casada, moradora do Bairro de Lourdes, em Belo Horizonte. Numa caixa, ela guarda todas as cartas e medalhas conquistadas nos campos da Itália.
fonte: http://www.exercito.gov.br/resenha/sabado/homepage.htm
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