Segundo o National Institute on Drug Abuse, dos Estados Unidos, a cada 15 ou 20 anos, fecham-se ciclos da droga “da moda”. Isso vale para o mundo inteiro. Dê uma olhada no que rolou nos últimos 40 anos.
Anos 60 e 70 : O barato era “viajar”. Maconha e ácido lisérgico (LSD) eram os preferidos dos jovens.
Anos 80: Nessa época, a galera queria “se ligar”. Os estimulantes da vez eram anfetamina e cocaína.
Anos 90 e 2000: Continuamos em uma fase em que os estimulantes estão em alta entre a galera. Hoje, o crack (uma versão da cocaína) e o ecstasy se popularizaram.
Quanto mais o usuário fuma, mais precisa para se satisfazer. Se você chegou aqui, dificilmente, vai sair... É triste, mas é real. Muita gente morre por causa da droga. Diretamente, pelos danos causados no organismo, ou indiretamente, como em conflitos com a polícia, brigas entre gangues e cobrança de traficantes. A pedra joga o adolescente em um universo de violência do qual é difícil sair vivo.
Maconha é porta de entrada...
Se é temerário afirmar que todo usuário de maconha se tornará dependente de crack, é quase certo que o usuário de crack experimentou maconha antes. Estudo do Serviço Nacional de Orientações e Informações sobre a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas (Vivavoz) indica que metade dos usuários de maconha atendidos costuma utilizar drogas mais pesadas. Em um universo de mil pessoas que ligaram de todo o país e se declararam usuários de maconha entre janeiro de 2006 e setembro de 2007, cerca de 500 relataram o consumo de cocaína e crack.
— Quem usa maconha tem mais chance de usar cocaína e crack, é um fator de risco. Como os piores efeitos da maconha só são percebidos a longo prazo, as pessoas acham que não dá nada e começam a usar substâncias mais pesadas — observa a psicofarmacologista Helena M. T. Barros, professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e coordenadora do Vivavoz.
A maior parte dos usuários pesquisados tem entre 25 e 30 anos, mas começou a usar a droga na adolescência. Além de delírios, alucinações e dependência, a maconha pode provocar outras doenças comumente associadas ao uso do cigarro, como bronquite, asma, enfisema, faringite e até câncer.
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